quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Manchas solares podem mudar duração dos dias terrestres

A maioria de nós não nota, mas nem todos os dias têm a mesma duração. Agora um novo estudo mostra que as manchas solares - regiões escuras que aparecem na superfície do Sol - pode ser parcialmente responsáveis pelas curtas flutuações (da ordem de milisegundos) no tempo de rotação da Terra sobre seu próprio eixo.

A descoberta poderia ajudar a direcionar espaçonaves de forma mais precisa.

Já existem explicações por que o comprimento dos dias varia. Mudanças nos ventos e nas correntes oceânicas podem fazer com que a velocidade de rotação da Terra diminua ou aumente para compensar, de forma a manter o momento angular total do planeta constante.

Enquanto isso, mudanças na forma como a matéria é distribuída ao redor do planeta, devido a mudanças no clima, podem afetar a velocidade de rotação da Terra.


Manchas solares na superfície do Sol podem estar ligadas a mudanças na duração dos dias da Terra, afirma estudo
Manchas solares na superfície do Sol podem estar ligadas a
mudanças na duração dos dias da Terra, afirma estudo

A mais recente associação entre manchas solares - cuja abundância sobe e cai em ciclos de 11 anos - e a taxa de rotação terrestre é talvez a mais bizarra já observada.

Pesquisadores já haviam observado que a taxa de rotação flutua com as estações em resposta às mudanças nos padrões de rotação de ventos.

Agora uma equipe liderada por Jean-Louis Le Mouël, do Instituto de Geofísica de Paris, na França, descobriu que o efeito sazonal também cresce e decresce em ciclos de 11 anos, de forma semelhante às manchas solares.

ESTAÇÕES

As estações têm um efeito maior na rotação quando as manchas são escassas, a um efeito menor quando as manchas são abundantes, segundo análises de dados de 1962 a 2009.

A equipe suspeita que essa ligação entre abundância de manchas solares e taxa de rotação se deve a mudanças causadas pelas manchas sobre os padrões de vento na Terra.

Uma maneira que isso poderia ocorrer é por meio de mudanças no índice de luz ultravioleta do Sol.

Porque luz ultravioleta pode aquecer a estratosfera, manchas solares poderiam alterar os padrões de ventos, diz Steven Marcus, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial americana), na Califórnia.

Se comprovada a ligação com as manchas solares, a descoberta poderia ser útil no uso de antenas de rádio usadas para rastrear espaçonaves. Um erro de um milisegundo no período de rotação poderia alterar cálculos da localização da nave em milhares de quilômetros se a nave estiver a uma longa distância (próxima a Marte, por exemplo).

O estudo foi publicado no periódico "Geophysical Research Letters".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Dia em Que a Terra Parou

O que aconteceria se a Terra parasse? Se todo o planeta perdesse seu movimento de rotação?
Pior cenário: Keanu Reeves destrói o mundo (1).
Cenário um pouco menos pior: os oceanos migrariam para submergir a maior parte do mundo habitado.
Esta catástrofe global levaria à formação de um supercontinente único que se estenderia pela linha do equador.



Exagerado como um cataclisma deve ser, pense nos experimentos que nos permitiram examinar a dinâmica gravitacional do nosso globo, lentamente, girando sobre seu eixo, como uma bola de basquete no dedo de um cara dos Harlem Globetrotter.

Tomemos, por exemplo, a verdade que a terra e os oceanos se encontram ao nível do mar. Uma verdade tão evidente que pelo menos uma vez (a única vez) metros, quilômetros, milhas e jardas todos concordam: elevação zero.
Parece também evidente que o nível do mar é a mesma em toda parte. Mas não é.

Isso ocorre porque a terra não é perfeitamente redonda. A rotação distorce a sua forma e é por isso nosso planeta é chamado de um esferóide oblato - um pouco mais plano nos pólos, ligeiramente abaulado no equador. Na escala maior, esta discrepância parece ridiculamente insignificante: isso equivale a uma diferença de apenas 0,3% do comprimento entre eixos polar e equatorial. Mas em termos de homem-como-medida-de-tudo, é uma grande mentira. Ou para ser mais preciso, uma meia maratona: 21 km.

Agora imagine a terra estática, parada em seu caminho. Nenhuma força centrífuga. Não há mais saliências. Ao longo do tempo, a forma da Terra seria de aproximadamente uma esfera perfeita. Mas a maioria dos reajustes imediatos seriam feitos pelo elemento mais líquido na superfície do nosso planeta: a água, que por algumas medidas atualmente tem picos de até 8 km no equador. As consequências seriam muito mais dramáticas do que qualquer cenário atual de alterações climáticas. Os oceanos não iriam apenas inundar nossas costas. Eles subiriam milhares de metros e iriam engolir continentes inteiros.

Isso aconteceria porque o excesso aquático equatorial correria para ambos os pólos, submergindo grande parte da massa de terra para cada extremidade, eventualmente, iria criar uma megacontinente equatorial que envolveira a Terra, separando assim, os dois oceanos polares.

Que estranho mundo novo teríamos. Como a Terra perderia seu movimento de rotação (mas provavelmente ainda continuaria com a rotação em torno do sol), um ciclo de noite e dia iria durar um ano inteiro. O novo continente ao redor do globo (2), qincluiriam grande parte do atual Oceano Centro-Atlântico, Oceano Índico e Oceano Pacífico Central, fundos marinhos, talvez re-emergentes, como o lendário continente de Mu, Atlântida e outras terras perdidas sob as ondas.

A maior parte da América do Norte iria afundar, iria sobrar apenas uma parte dos EUA no Oceano Norte.
Da Europa, só permaneceria Andaluzia (além dos Alpes esparsos, dos Pirinéus e ilhotas balcânicas).
Rússia
: Adeus.
Ásia Central
: Já era.
Norte de África até iria ganhar algum terreno. E o Afeganistão e o Tibete deixariam de ser litorâneos.

O hemisfério sul se sairia muito melhor: tem muito menos terra para ser perdido lá em primeiro lugar. A Austrália teria que ver Tasmânia ir embora, mas ganharia uma ponte de terra de Papua para o mundo central - e já faz algum tempo, que foi atestado o desenvolvimento de forma isolada da sua fauna de marsupiais única. Falando nisso. Desde que qualquer animal (e humanos) sobreviva à Grande Parada (3), seria interessante ver o que viver em uma massa de terra única faria com a diversidade natural do mundo.

Porque o Oceano Norte e o Oceano Austral estão agora separados um do outro, e uma vez que ambas as bacias têm capacidades diferentes, haverá dois níveis do mar, com a elevação zero do Oceano Antártico sendo 1,4 km inferior a do Oceano Ártico.

Como mencionado anteriormente, este cenário é exagerado, mas a teoria por trás tem sua relevância para o mundo real - que está perdendo velocidade, muito lentamente, mas ainda assim, mensurável. Cerca de 400 milhões de anos atrás, a Terra girava em torno de seu eixo cerca de 40 vezes mais a cada volta em torno do sol - o que significa que um ano terrestre tinha mais de 400 dias, e que os oceanos eram ainda mais abaulados no equador do que são hoje.

(1) como Klaatu, no remake de 2008 do filme de ficção científica original de 1951 o qual leva o mesmo nome que o título deste post.

(2) como seria chamado? Nova Pangea? Terra Anelar? Equatoria?

(3) isto soa como um remake inglês do (1).


Fonte: http://bigthink.com/ideas/21768
Tradução e adaptação: John Campos

sexta-feira, 23 de julho de 2010

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